sexta-feira, 28 de março de 2008

DÚBIO

O escorpião ataca a preza

O homem tem a fome

O pão dia de cada vosso reino visceral

E nossa selva de gulosos trocadilhos


Tenho a hora

Tenho o tempo

Tenho a água na boca

Tenho a fábula

Tenho o dito

Tenho o respeito de minha boa má fama


Não é a minha natureza

É o alimento sobre a não mesa

Meu desejo é por o cardápio


Quero o meu papo cheio

Mastigar e tomar esse assediado deleitar

O homem é o meu desfigurado espelho

No escorpião é que eu me espelho


Agora o muito tranqüilo

Não mato

Nenhum vive

Olfato o sentido nada primário

Veterano para mim ou para o rastejado


Acordado o instinto

Para o ser comum ou para o pensante

Olha o que eu babo, antes, pois

Se bobeado eu sou engolido

Tomo cuidado Por onde eu piso

3 comentários:

Anônimo disse...

Seu poema me dá a impressão de um certo desespero, parece q vc está acuado, lutando pra sobreviver. Bom, eis uma curiosidade, há uma lenda q diz q, qndo acuados, os escorpiões se suicidam. Bom, é mentira, com a elevação da temperatura, o animal fica muito agitado e os movimentos podem dar a impressão de que ele está tentando se matar. Então eis a dica, arranja alguém para baixar sua temperatura q isso aí melhora.

Unknown disse...

Ótimo comentário do Fábio. Agora que te conheço um pouco mais Léo, sei das suas dificuldades e te entendo, pois passo por algo parecido, nada melhor que a amizade de alguém que nos ama para nos aliviar e nos dar suporte para seguir em frente ;)

Anônimo disse...

Obrigado por Blog intiresny