sábado, 24 de novembro de 2007

SACRO

Qual teu nome
Experimento luz
Manifesto de atitude
Sólido de amor
Agradável
Aromático
Fundamentalmente importante
Idealizador
Realização em vontade
Calor

Qual teu nome
Olhar doce lânguido
Cor vermelha pulsa
Forte condutor impulsa
Qual teu nome
Homem
Agora d'ontem
Continuação

terça-feira, 20 de novembro de 2007

EQUILÍBRIO

Boquiaberto de pasmos-tonto titubiou
Na corda bambo
Fez dois pra lá
Depois pensando fez feio
Não se equilibrou
Hermeticamente caiu assustado
Encaixou junto ao chão
Dito antigo não passou
Postando-se de pé
firmado pois solo
Superou
Postura e todo ao seu lado postou
Pés firmes
leve fardo vagou
Fez tanto faz
Fez tanto
Ou tanto

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

SURPRESA

Vou te pegar
Surpresa
Lamber teus pés
Te azucrinar
Te fazer elogio
Silenciar

Vou te namorar
Vou te pegar
Tragar sem erva
Vou te viajar
Te bater
Te morder
Apanhar

Vou te acorrentar
Vou escutar
Tua musica
Vou te cantar
Andar na corda bamba
Vou te delirar

Te fazer arrepio
Assoprar o teu corpo
Te pegar por trás
Te lamber mais
Te molhar
Maltratar


Pétalas e vinho
Acabar a tua calma
Colocar para dormir
Comer e me alimentar

Vou me acabar
Escutar gemer
Eu vou te pegar
Te olhar querer
Te tatuar
Meu ser
Pular correr
Saltar e ser
Libertar

Os seres de carne
Humanos apodrecerão
Nossa luz
Brilhará
Por tanta escuridão
Sangue-sugas
Fabulosos
Encadernarão
De mim
Há um só degrau
Dessa voz

Eu permitirei
Entre mim e a vossa
O maior e a admiradora
Com suas asas
Os anjos intercederão
Guardem suas presas
Homem e mulher
Surpresa e evolução

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

MEMÓRIA

Ocupamos apenas
Ironia de existência
Único lugar
Neste espaço tradutor de sentimentos
Situações agradáveis
Bárbaros momentos
Essa vida
Simplesmente é própria
Quanto mais prolongada
Melhor representada
Aqui
Em aprendizado constante
Que pudera ensinar
Parabeniza
Algum pai
Mãe
Troque
Tamanha oportunidade
Partes significativas
Que um dia nos deram a vida
Partes destrutivas
Nós crianças
Teus filhos
Todo o nosso IBOPE
Somos todos tolerância
Driblamos a bola do jogo
Jogamos as cartas
No xadrez da vida
Nos tornamos cavalheiros
Em relação ao ventre
Memória de uma verdadeira dama
Sabedoria requer habilidade
Completamos a cada ano
Um novo de vida
Exemplar amor a própria
Sejamos merecedores
Contundentes
Ausentes
Em vida
Memória

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

SENTIMENTO

Durante o percorrer
Procurava em mim mesmo
Algo que pudera ser supremo
Descoberta magnífica
Sou o brilho
A luz
Plena e grandiosa verdade
O consciente olhar
Um simples ser mutável
O aprendizado da minha existência
Capacitado
Ou não...
Surpreendentes faces
Mascaradas de falcatruas
Hipocrisia
Ou perda de personalidade?
Dessas que rondam
Vagam pelo espaço do tempo
Em conseqüência
De terem escapado da proteção
Do ventre de sua madre
Que nos livrara por um fato momento
De tanta falta de escrúpulos
Hoje dito a estes seres
O dom de existir
Pois existir
Deveria ser
Para os qualificados ao presente da vida
Tal como o coração está para a própria
No mais
Propagariam a si mesmos
O lindo e respeitoso sentimento
Aos que também merecem
Motivo de integridade e cumplicidade
Seria a solução dos corpos
Mudando a dor
Para um todo e sempre
Válido sorriso de agradecimento
Por sermos aliviados
Em constante felicidade
Nos aperfeiçoamos
Somos assim
Percebemos nossa importância
O dia que estivermos
Em segundo plano
Perante ao próximo
E todos pensarem assim
Estaremos completos

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

O POETA

Poeta é o teu nome
Poeta transbordante
De infundadas sensações
O pensamento lê-lo
Se faz perder comigo
Um minuto-instante
Minhas insustentáveis pernas
O quão sinceras
Emudecerem não mais
Digo-te boquiaberto
E endereço-te aos olhos mais brilhantes
Meu sonho de amor já chegou
Ao poeta

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

BRINDE

Explicação nunca chegara
Lábios gélidos
Vagos impensados
Mal salivados. seca
Amor e máfia
Dependência e cárcere
Tropeço de perdidas balas nos livrara
Trágico e cômico
Comédia e tragédia
Máscaras.

Livro e amigo
Amuletos ricos?
Só os tem, quem consigo lhes guardar
Ao alto!
Mãos
Versos
O fim é do início,
Álcool
fogos!
Branco,
Negro e carmim,
Rosas e mares
pedidos
amuletos
Sorte
taças e...
Tin-tin

AMIGO DE PEDRA " "

De queda
Quebra
Embaixo
De pedra
Amigo ferido, entalho, em corte
Sorriso
Sentimento oculto
Não errante
Distante
Contradição amante
Avante
Afago
Tão perto
Dorme ao meu lado
Num surto sonado
Me coube no colo
Deitado
Amargo
Inverno passado
Verão congelado
Entrega, maltrata, agradece
Amigo de lata
Amigo que ladra
Amigo de pedra

domingo, 4 de novembro de 2007

BRASIL

Oh Brasil tão lindo e tão pobre
Culto e cruel
Por dentro do estádio brilha
E ao seu redor chora-se de fome
Todo forrado bolso sustenta imagem
E o que será a felicidade?
Guerreiro olímpico
É quem não me escuta
É o anonimato fora de disputa
Não lembrado
Incapacitado de contar a sua história
Sobrevivente e desafiador
Descampado
Sem bandeira para sorrir
Ou chorar dignamente

O humor é qualidade de quem merece amor
Sua dor saboreada como em goles de licor
Apetite aberto Brasil
Devora-me
Sou eu o alimento desse verso

sábado, 3 de novembro de 2007

PÁGINA HOJE, VIRADA ONTEM

Quero falar
Preciso um novo fato consumar
Percebo ao meu redor
Tudo surdo me olha
Sussurra então
Levita a calmaria
Em espanto

Fabuloso cuidado
Algo hostil
Sigiloso
Escapa de minha alma
Onde somente a própria
Pode escutar

Ouviu tal constrangedora confissão
A ciência
Minha massa
Minha taça arremessada
Estraçalhada
Pudera eu
Me lembrar

Qualquer homem
Em estrutura par
Sentiu o arrepio
Daquele momento
Que apenas posso constatar

Foi embora
Uma nação inteira
Vida?
Ribanceira abaixo
Um lado de foça
Onipotência do outro
Mais do que singular

O silêncio me ironizou
As gargalhadas de um mudo-surdo
Entranhando por dentro
De meus ouvidos
Determinou a petulância
A insensatez do inesperado
Redundância
A imensidão de horas sórdidas
Que marcou um ponteiro quebrado

Página virada
Um tempo não esquecido
Lá atrás
Eu não posso me abandonar

Se você esteve presente
Fez parte
Surtou, escapou,
Violentou a minha personalidade
Não o encontrei
Desculpe
Agora
Gosto muito
De poder te falar
Por tudo
Obrigado.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

SÃO POUCAS AS VEZES

Poucas vezes em que me entendo
Sinto a falta de um amigo
De um sexo
Um mito
Sinto minha falta,
Quando a ignorância me atinge
O pensamento voa, se esconde
Poucas vezes
Sinto emoção no peito
Esta que nem sei te dizer
Poucas vezes me isolo do mundo
Em poucos segundos
Tento me encontrar, me entender
Poucas vezes
Me abro com algo
Um papel que ao menos me corresponde
Papel este,
Que me escuta,
Me olha,
Mas não sei se me entende
Pode me entender um papel,
Se o tão falado homem
Que se diz o inventor
Ao menos me percebe?
Poucas vezes
Que me julgo gente
Me julgo um nada
Quem sou eu?
Sou você, sou ele, um pouco de cada
Sou nada
Como um deslize sem lógicas
Como um conjunto de palavras?
Não! Sou como as deusas
Pois são poucas.