domingo, 27 de setembro de 2009

O SOL



Apague a luz
E verás o que te conduz
Apague a vela
Natural acesa penetrante


Na ausência de cor, negra
Na mistura de todas, branqueia
A luz não se une as trevas
Como sol e pimenta
Ou algo


Agora apagou
Outrora ofusca
O tempo é todo momento após
Se recicla, cilíndrico
Como intrínseca e extrínseca
Como brilho
Como isso
Ou como sol
Ou algo.









quarta-feira, 16 de setembro de 2009

PONTO

Parar no ponto
Sofrer no ponto
Recuperar no ponto

Atropelar no ponto
Acalmar no ponto
Respirar no ponto
Revelar no ponto
Assustar no ponto
Amargar no ponto
Rever no ponto


Esmiuçar no ponto
Escrever no ponto
Rasgar no ponto
Devolver no ponto
Gritar no ponto
Calar no ponto

Abraçar no ponto
Beijar no ponto
Ajudar no ponto
Tatuar no ponto
Bocejar no ponto
Acordar no ponto


Sacudir no ponto
Amar no ponto
Massagear no ponto
Gargalhar no ponto
Viajar no ponto
Atropelar no ponto

Devagar no ponto
Assobiar no ponto
Gemer no ponto
Segurar no ponto
Soltar no ponto
Agarrar no ponto

Recuperar no ponto
Acertar no ponto
Esbravejar no ponto
Movimentar no ponto
Avaliar no ponto
E.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

MÊS QUEM VÊM?

Mês quem vêm
Conto cada grão
Ampulheta de plantão
Desenho meu sol no chão
Meses que vêm

Conto cada quem
Mês de grão
Desenho meu mês no chão
Vêm sol

Conto mês
Conto ampulheta
Conto no chão
Conto quem vêm

Desenho ampulheta
Meu sol de plantão
Desenho o grão
Meu conto

Agora não
E não duvide
Mês que vêm
Desenho meu sol no chão
Conto cada grão
Meses quem vêm?

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

AGOSTO

É desgosto outro para os onze meses do ano
E o dia dos pais se aproxima
Eu não entendi essa rima
São tantos os dias santos
E o dia de maio das mães se antecipa

É Setembro e para pensar o tempo pára
Janerio meu ponteiro demarca em mim
E o Dezembro de Jesus esse não se questiona
Retorno a Janeiro ou me adianto para ele
Dia primeiro é o seu dia do não para o azar

A paz de seus terços e rosas
A paz de pedidos e prosas
A mais de brindes e esperançosas novas
Ah levanto minha taça a brindar

Sete da independencia
Doze de padroeira santa
Quinze de republicanos históricos
Avante ao tempo que roda
Três de corpos e cristi

É abril trás misturadas para comemorar
Entramos com a paixão da dor
Embalados ao chocolate do gozo
E botamos fim ao enforcar histórico e o queimar rancor

Dia primeiro de Maio
Se hoje fosse não escreveria uma só linha em protesto
E Novembro de tantos intitulados filmados
É nele que colocamos fim e reverenciamos o passado
Eu não abro mão é do fevereiro e março
Pulo salto perco a voz
Peco tanto e me atrapalho


E lá se vem a quarta-feira
Tantos os meses se passaram
Não falei sobre todos
E se não lembrei é por que esqueci de conta-lo
Hora de enterrar os ossos
Nossa que cansaço
Rodei todo o ponteiro
E terminei com a pá na mão

É ciclico esse espaço
Cada numérico passo
E onde foi parar esse Judas
E qualquer outro culpado
E que não culpem agosto por isso.

Leonardo Pergaminho

terça-feira, 21 de julho de 2009

ALÉM

Hoje eu fui além de mim
Acordei de maneira leve
Eu me dei conta da outra matemática
Uma somatória de busca


O tempo que sufocou
A madrugada que calou
E todo mal
Abriram estrelas clareando o céu

Meu passado sutilmente sorriu
Meu passo caminhou
A distância encurtou o compasso
E minha hora abraçou a sorte

Dormir ontem foi bom
Se eu soubesse desse novo acordar
Eu teria me deitado por antecedência
Eu escutei passaro e cântico
Uma nova melodia assoprou e acendeu a sua chama

Eu Vou escolher com calma o que comer
Procurar uma nova roupa
Demorar no banho
Eu vou meditar mais
Fechar meus olhos novamente
E depois abrir
Eu quero ir além de mim

sexta-feira, 17 de julho de 2009

CONSCIÊNCIA

Você nao sabe quantas pedras eu tenho em minha coleção
Tantas cores e formas eu quero me lembrar
Eu quero me lembrar do tempo de sorrir tranquilamente
Do tempo em que o tempo me permitiu sorrir
A minha infancia tudo e o desenho se formou
E o desenho se formou no meu passado sem escolha
Eu teria feito tudo diferente
Eu não teria errado nada
Mas deixo doer em mim as falhas que eu cometi
Pois sei que hoje eu as coleciono por minha inconsequente praticada
No leito de quem eu mais amava eu falhei
Eu não falhei com ninguem
Antes mesmo de maltratar
E errar comigo mesmo
Mas se confortavél for
Dói em mim vastamente cada singular momento de ontem
Eu tenho medo
Eu tenho mesmo culpa e arrependimento
Mas não confesso uma só linha
Pois a dor de hoje,eu sei que mereço.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

CONSELHO SETE

Conselho de ontem
Conselho primeiro

Ontem eu nada comi
Meu alimento era o cinema
E tão leve me foi o dia

Meu alimento era o dia
Ontem eu nada sofri
Meu alimento era a imagem
Imagem nova eu não sabia

Imagem do homem na tela fria
O ontem lamento eu nada sabia
Eu tenho medo das pessoas
Sujas
As formigas são menos sujas

As pessoas eu era a formiga
Ontem eu nada dormi
A minha infancia a tona
Insonia a inscontante paz
Calei gritar
O estranho sentir

Ontem eu nada comi
Meu alimento era o cinema
Abstrações
Invasões
Provações
Alusões
Conselho sete.