domingo, 1 de junho de 2008

GUARDADOS

São muitos os papéis
Acúmulos de paginas
Tinteiros
Borrachas
Coleções de dores
Tentativas de amores são muitas

Entregas-verdades
Emoções-inverdades
As pernas bambas
As caladas falas
As doloridas lembranças
Os apertos no peito

São muitos os receios levados
Os chorosos olhares
Os presentes deixados
Recados tocantes
Momentos errantes

Historias egoístas
Egos centristas
São muitas as Memórias

Carinhos passados
Tempos de antes
Calendários queridos
Números de dias riscados
Cenas de filmes descritos
São muitos os rascunhos

Muitos os aprendizados
Os toques faltados
Os maus e seus bons resolvidos
As magoas frustradas
As magoas intencionadas
As poucas queridas
São muitas

São muitos os amassados papeis
As gavetas vasculhadas
As sacolas empilhadas
E seus achados sem sentido
São poucos os amigos
E suas coleções são sábias.

ESTAÇÃO POR ESTAÇÃO

As arvores se mostram evidentes
O seu balançar das folhas
Os beija-flores e suas cores
As languidas borboletas
E suas espalhadas belas balançadas asas

Os galantes jardins e seus jasmins
Rosas, margaridas, girassóis
Cravos e hortaliças,
Graciosos lírios
Líricos cantares de pássaros
Suas majestosas artes de voar

Voadores de fartos amores,
De desejos plenos,
Emoções de sabores
Sutis toques de mel
E zangões castrados,
Com Sua catarse de sentimentos

Lá se foi o mau tempo
Lá se foi todo o seu lamento
E a água que molhou
Abriu espaço para o doce luar
Permitiu o seu próprio tempo
Abriu espaço para o dia ensolarado
Permitiu o seu próprio dia

sexta-feira, 28 de março de 2008

DÚBIO

O escorpião ataca a preza

O homem tem a fome

O pão dia de cada vosso reino visceral

E nossa selva de gulosos trocadilhos


Tenho a hora

Tenho o tempo

Tenho a água na boca

Tenho a fábula

Tenho o dito

Tenho o respeito de minha boa má fama


Não é a minha natureza

É o alimento sobre a não mesa

Meu desejo é por o cardápio


Quero o meu papo cheio

Mastigar e tomar esse assediado deleitar

O homem é o meu desfigurado espelho

No escorpião é que eu me espelho


Agora o muito tranqüilo

Não mato

Nenhum vive

Olfato o sentido nada primário

Veterano para mim ou para o rastejado


Acordado o instinto

Para o ser comum ou para o pensante

Olha o que eu babo, antes, pois

Se bobeado eu sou engolido

Tomo cuidado Por onde eu piso

quinta-feira, 27 de março de 2008

REVISÃO

Eu quero respeitar as regras
Eu quero ouvir
O vento assobiar diferente
Rever em cores o preto
Rever em cores o branco que ainda me resta

Eu preciso sonhar
Os pássaros
E o meu voar
Hoje eu sinto pena do mar
De o teu balançar das ondas
De a noite e o pulsar companhia
De o quebrar
De o momento de recaía
De o teu alcoolismo
De a tua ressaca
Tua vastidão solitária

Eu coagulado o sangue
Meio destro
Perdi o tato
O pincel nem pinta o meu quadro
A tinta cai por derramar
Os elefantes
Os persas de tapete
Admiro as perolas
Se o dourado se faz ouro
Eu o quero

O inicio me fora roubado
O orgulho nem o faço...
...Escolha eu fiz mal
Por onde anda o meu primeiro machucado
Por Quantas andam cicatrizes?

A minha lembrança é vasta
Apaga o que eu não fiz
Os sorrisos são amigos
O guardado de umbigo
O sangue de o inicio
Me fazem companhia
E a sagrada água de a instância primeira

Onde eu posso comprar um abraço?
Eu tenho uma confissão
O que há de mais bonito
Eu admiro as mãos
Digo mais
Meu prazer é por pés
Por onde perdi os meus passos

Não possuo um conto de réis
Dos valores eu aprendi
Nos meus olhos mantêm o que sou
O menino e a irmã

Tantos pratos sobre a mesa
Para esta ceia nem me convidaram
Os meus primeiros dentes se quebraram
Os quebraram
Um eco vaga sobe mim
Em mim há seu vácuo
Por dentro eu me permito espaço...

...Esquenta o sol que eu afago
Aquece o meu sentimento
Onde me acendo as luzes
Por meio as cruzes que carrego
Há-me tanto cuidado
E os meus dedos?
Pois não são admirados

São os pensamentos alinhados
De este tentar de versos
Amo as vozes da alma
E tuas almas amo-as também
O homem é meu maior amor
Nasci e o amor
Quem compra os sorrisos?
Penso em filosofia e teus conceitos
Em transpor-me direito

Por muito penso
Lembrei agora das borboletas
Poderia agora enlouquecer
Eu teria admirado singular beleza
Eu esqueci por hora
Digo que eu amo a natureza
Mesmo se repetitivo eu for
Eu não terei minutos descansado
Este tempo os compassa

Todas as regras são excessivas
Se em mim se mantém um mau sentimento
É por elas este desejo...

quarta-feira, 19 de março de 2008

O ARTISTA

O artista e sua infância

Balela intolerância

Sua alma dança

Embalada em escadas

Suas pernas sobem

Ao alto o encanto e sua luz

Ao alvo posto que conduza

Sua face exalta paz

Pedras envergonhadas

Outras desarmadas

Algodão colore

Doce por criança

Amarelas diminutivas

Anéis sem compromissos

Esconderijo

Beijos e suspiros

O menino e sua infância

A menina em si desbanca

A falta de graça

O menino se põe justo

O amor medita

O justo em si pratica

E sua boca cala

O tempo para trás olha

Em sua infância

O artista.

domingo, 16 de março de 2008

CORES

Tenho medo das cores
Os pincéis espalhados
Aquarelas...
Preciosas promessas
Mãos
Seladas palavras
Área livre?
Tenho preciosa tenho,
Cores poucas me restam

Área
Palavras
Mãos
Cores
O branco
O negro
Amarelas azuladas
vermelhas incandescentes
lilás
misturas e lambanças
A luz
A outra

Tenho palavras,
Preciosas cores?
Poucas me restam

O surto
A calma
O calor
O frio
A prima-vera
O verão
O outono e pedido de coberta
As enfeitadas flores
O derrubar das folhas secas
Os expostos corpos ao sol
Os seus desejos
Suas cores
E cores

terça-feira, 11 de março de 2008

PROCURO

Procuro estar sempre por cá
Voltado para as boas

Quero mais cama
Com gente pouco cigana

Tenho gana
Procuro boa Cana
Delicado adocicar

Meu corpo
Diverte-se com chocolate
Velas
Iluminação pouca

Minhas mãos sorriem
Procuro por saborear
Teu gosto

No meu tocar
Adormece
No meu tocar
Colo teu

No meu olhar
Amanhece
Todo seu

Lembrança arde que pimenta
Arde lembrança
Arde pseudo- criança

Sempre por cá procuro estar
Se acordar.Procuro estar
Sempre por cá
Voltado para as boas

Quero mais cama
Com gente pouco cigana
Tenho gana
Procuro boa Cana
Delicado adocicar

Meu corpo
Diverte-se com chocolate
Velas
Iluminação pouca

Minhas mãos sorriem
Procuro por saborear
No meu tocar
Adormece
No meu tocar
Colo teu

No meu olhar
Amanhece
Todo seu

Lembrança arde que pimenta
Arde lembrança
Arde pseudo- criança
Sempre por cá procuro estar
Se acordar

Voltado para as boas
Quero mais cama
Com gente pouco cigana

Tenho gana
Procuro boa Cana
Delicado adocicar

Meu corpo
Diverte-se com chocolate
Velas
Iluminação pouca

Minhas mãos sorriem
Procuro por saborear
No meu tocar
Adormece
No meu tocar
Colo teu

No meu olhar
Amanhece
Todo seu

Lembrança arde que pimenta
Arde lembrança
Arde pseudo- criança
Sempre por cá procuro estar
Se acordar.

domingo, 9 de março de 2008

SURTO

Derrubei palavras
Gritos, caladas
Letrados pontos virgularam
Pobre surto

Tinteiro negro
Manchei a face
Meu pobre mundo
Décadas, horas, segundos
E seus milésimos
Badaladas do cuco

Noite
Tardes dias
Cíclico vácuo desnudo
Saudoso alterado
Espaço do inicio
Vasto lembrar

Pudica oscilação
Atração e repulsa
Avulsa,
Soubesse inibidora?
Tivera razão!

Agressividade antagônica
Falta luz
Quanta alusão
Dupla moral
Homem e surto.

domingo, 2 de março de 2008

CALMA

Revelei conceito
Ditei deleito
Estiquei lençol
Deitei meu peito
Paradoxal

Gueto
Canto
Estreitei
Cilíndrico pudesse
Cartada soubesse
Não houvera amor

Natureza
Distinção
Sobrescrito advento
Isolamento
Extasiado momento

Ruptura nua
Dedos trocados
Tocados calados
Certificou

Mudez sorridente
Entrelaçado ardente corpo
Sopra
Venta
Flutua vagamente
Expõe entrega calma.

ÁGUA

O tormento
Voraz cala
O grito omite
O sangue estanca

A alma levita
A face sobrepõe
A angústia sorria
O medo cai
Os pés lentos a toca
O pouco se torna

Entorna menina
Tua salva
A matéria intera
Libera
Revela menina
Culmina
O mal desfalece
O tormento se dissipa

Os cruéis olhos cegam
A luz renasce
Então a ela se espera
Molha menina lava
Limpa menina trata
Meu nome entrega
Teu nome menina
Água

sábado, 5 de janeiro de 2008

ONDE MORA

onde mora
o que lê
quero saber
o que conta
tem amigo
mostra aê
sua história
a cavalo
monta lê lê

abra as asas
voa alto
suba
salta
onde ama
o que toca
não importa
vou querer

dois da música
dois da volta
toda vida
vira-roda
onde vai
fica,ora
onde paz
onde mais
chora...

pés
face própria
prova
vai viver
larga o medo
larga a mão
amargura
falta
calma
onde mais
onde mora...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

RETICÊNCIAS

Aprender????????
Oito vezes aprender
São tantos os exercícios
São tantas as tentativas
É bom saber.......
Saber???????
Oito vezes saber
O resultado causa medo
Tentar, doer........
Começo, tem que perceber
Conteúdo é o meio
dele, sugar, alimentar
Números, contas, doce querer........
amar é minha identidade........
porque,porquê, por que
Brigar, bater.......
Não há mais egoísmo........
É realmente abuso de poder........
Sufocar é perder........
não se pode ser........
Sorte........
Sorte........
Sorte........
Oito vezes sorte
. . . . . . . .