quarta-feira, 31 de outubro de 2007

METAPOEMA

Fora lançado ao ar
Colocara em sintonia
Acertara
Filosofia

Perdera a vergonha na cara
Cara?
Apontara qualquer uma
Onde está
Arrepia
Fugira tudo
E nada

Audácia
Será bem vinda
O que a acompanhara?
Trocara
Perdera
Estacionara!

O que se apossara?
Livros
Poemas
Toda a parte literária?
Quem veio?
Ensinara, aprendera?

Sentindo-me pássaro, voara
Trocando os papéis, voara
Se achado em script, escapara
Alguma imaginação
Liberdade aflorada

Acaso sentir-se na solidão
Não hesite
Vire a página
Analise
Pense
Extravasa

Será original
Criador
Iluminado
Deixe brilhar
Ilumine tua aura
E tropece
Não se acanhe
Indubtávelmente
Avance
Arremece seus dados
Acerte na cabeça
Escreva

terça-feira, 30 de outubro de 2007

DIA

Dia trágico
Dia dentre
Dia muito
Melancólicos!
Árduos
Dia pouco
Dia já
Dia este
Dia ou...
Dia em
Viverei sei
Dos viverei
Os viverei
Inesperada linha
Vitoriosa morte
Sangrei
Saboreada vida
Marquei,
Não sei,
Sei;
Dia pôs
Dia outro
Dia em mas ...
Dia vai
Dia
Dia vem

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Não

Amigo de "Zeus"
Filho de "DEUS"
Alguém
Imagem
Agora tudo novo
Nem tente passar a mão
me olhar demais
sem saco
não sou vitrine
não cobro
não perder tempo
contar história, pra boi dormir
Fuck off
se não,não se aproxime
quer diversão... parque
passar tempo... adiante-se
relógio
vou recuperar minha infância
continuar escrevendo e dizendo
só pra mim
amo o bem
contra o mal estou vacinado
Paladar talvez
fome de vida
Quase alivio
Experimentei
Tempero novo
Cravo, canela
Tarde, noite, parafuso
Parecer
eu
Mim mesmo
Mim
Influência tua
Não

domingo, 21 de outubro de 2007

A Carta

Meu berço era de madeira
Natureza morta
Criança dormindo
Ninguém em volta
Socorro o choro cobrava
A madeira respirava
Não mais me pertencera
Dorme menino
E pensava...
A poética
Um passo, dois passos
Nunca experimentei
Segundo
Porrada
Adolescência
Falta de amor
Teatro, caderno, caneta
Cobrança, porrada
Casa
Nunca te soube minha
Porrada
Virada
Autonomia-rua
Medo-força
Habeas Corpus minha dona
Como do mundo
O que quero
Sou homem liberto
Traições
Algemas
Tenho rima
Sou título
Sou tema do amor
Bebi a dor
O horror que me dera
Singular, notório
Odiado
Assombroso
Sou filho
A mãe
Da minha própria história

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Existência

Nada se viu
Tudo se originou
Aparentemente secreto
Do que não sabíamos
Olhamos de frente
Escutamos os primeiros ruídos
Nada se fez nascer
Parte é do mundo
E parte não podemos dizer

Força da luz
Inexplicável ser
Humanidade é essência
Fruto do poder
Banalidade tal
Estar
Permanecer

Estacionar
Pretender ir
Decidir
Não questiono o sábio
Pergunto a inconveniência
Respondo como poeta
Apenas
Poetiso

domingo, 14 de outubro de 2007

Carta por Três

Passei pela rua
Às escuras
Passei
Lance certo
Nova partida
Partindo
Seguindo
Não me recordo
Não importa
Do melhor eu escrevo
Um dia, passei pela rua

Sua
Nua
Cara fria
Deitei-me na cama
Ao apresentar-se
Trouxera sua carta alforria
Ofereceu-me
Sua melhor boca
Beijei
Beijei nela
Sua melhor boca oferecida
Rasgamos o verbo
Pronome
O adjetivo?
Confesso, brilhante
Tocante
De meu lado mais hermético
Triunfante

Sem rodeios
Com suas partes
Mais excitantes
Deram-me votos
E os corpos, nossos?
Brincaram
Com toda a seriedade
Apostos, deliraram
Formaram-se
Tornaram-se
Somente emudecemos a hipocrisia constante
Liberdade
Claridade
Permissão
Pés admirados de um ser calado
Traduziu, seus falhos passos
Em dedicação e caricia
Trabalhadamente conduzidos

Ousadia de poeta
Tivera grandiosa rebeldia
E falara
Não chores por nenhuma linha declamada
Sorria
Goze comigo outro dia
Gozo com vocês também
Gozar, faz gritar
Tocar, trocar
Triplicar sua massa reprimida
Sua tesão proibida
Abafada
Controlada por esse mundo de fadigas
Poderoso mundo
Que faz dicas
Quando não experimentadas

Um dia
Agora sim revelo
Poderei acreditar em mim
Conheci com vocês
Meu grande ser
Agora liberto
Sorrindo
Tranquilamente sorrindo
Deslizando sem pudicismo algum
Meu sonho de sexo...

Droga? Rock n' Roll?
Quero orgasmo!
Deixar este mundo boquiaberto
Quando ele?
Nem gozou
Socializado se proibiu
Não viu
Não riu
Nada viril, se prontificou

Um dia
Passei pela rua esbaforido
Lado piegas
Conheci com vocês
O amor de reserva
Aquele
Que se faz opção
Para uma noite de espera

Atropelei tabú
E nu, conheci a verdade
Superei a mentira
A cocaína-traição
A que separa
Maltrata
Corrói os dedicados sentimentos
Que um dia ouvimos falar

Possamos evitar
Aniquilar
O abominável
Assobio-ronco
De quem declara não praticar

Testemunharei a nosso favor
Completei uma cama completa
Beijei as bocas certas
Fiz mal a ninguém

Como lance certo
Um dia passando pela rua
Confesso:
Escrevi carta por três

sábado, 13 de outubro de 2007

PSICOGRAFIA 1

Conheci mentes toscas (CONTINUAÇÃO EM PSICOGRAFIA
Falantes II )
Seres até rastejantes
Desses guardo-os em memória
Poucos de farta elegância
Sofreram na pele
Sua mesma história

Envolveram-se vão
Um reinado areia
Posto turvo ao chão
Guardados
Tal como a do pão
Da ceia
Famosa ceia
De barbas brancas
Potes-ouro
Fartura
Danada Ilusão

Tantas para contar
Sofro só de pensar
O poder existe
Quer queira
Quer não

Já fui de lágrimas soltas
Hoje, homem durão
Sem fábulas
Contos
Histórias de história mesmo

Melhor surtar
Sorrir a toa
Comer, beber
Beijar, olha coisa boa

Descobriram este mundo redondo
De preconceito o tronco sangrava
Tive muito com literatura não
Não sei nem de violão
Ouço vozes
E acordes doces
Tão doces me acalmam
Livros?
Desses tantos de homem-gravata?
Não li um
Mas eu sei
Quem morre
E quem mata

PSICOGRAFIA 2

Conheci mentes rosas ( LEIA PRIMEIRO
Adoro flores PSICOGRAFIA I )
Adoro acácias
Delas tenho a essência
Da doçura que exala
A pureza
Cada pétala delicada

Conheci mentes foscas
Dessas?
Cala-te boca
Me importo mesmo
Não com a revolta
Espero a volta
Do homem-leão
O rei dos papéis
Dos animais menos favorecidos
Sempre tive apreço por felinos
Olha, sou de falar pouco
Mas do pouco que digo
Tem dicionário dentro

Conheci foi mais do que desconheço
Bobos da corte
Descamisados
Assombrados
Cacheiros viajantes
Ambulantes
Copistas
E pessoas que de fato escreviam

Conheci o fumo
Embriaguei de álcool
Fiz que escrevia
E bem cismado
Postava a declamar
Conheci minha destra mão
E as mentes
Cuidadoso
Psicografo